sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

RECUSA OBSTINADA DE PENITÊNCIA PÚBLICA + Apelo Premente e Urgente



A Recusa Obstinada

da Penitência Pública




1. O Papa João Paulo II, fiel à Sagrada Escritura e à Tradição da Igreja, realizou há anos uma Celebração penitencial pública, na qual a Igreja reconhecia os pecados dos seus membros, passados e actuais, implorando perdão ao Deus de todas as Misericórdias, em nome da Verdade e do Amor, de Jesus Cristo, nosso Redentor.

Creio que haveria toda a conveniência em seguir este (magnífico) exemplo pelas Dioceses do Mundo inteiro, em particular por aquelas que continuamente acusam, aliás com grandes e injustos exageros, o comportamento dos seus antepassados, mas que são incapazes de reconhecer os seus gravíssimos pecados actuais.
Este cegamento, em relação ao presente, lembra aquela ensinança de Jesus:

“Porque vês a palhinha que está no olho de teu irmão e não vês a tranca que está no teu?”

Esta obstinação, em ignorar os crimes e pecados actuais, agrava a cegueira dos Pastores e demais Fiéis, para o estado em que se encontram, estorvando-lhes uma conversão verdadeira.
Este apagão eclesial mergulha o mundo em trevas profundas, pois a “Luz que veio ao mundo e a todos os homens ilumina” extingue-se nos corações antes ateados, que serviam de farol, de lampadários, de archotes, iluminando a noite escura, mostrando o Caminho, alegrando as vidas, dando-lhes cor.
Na escuridão angustiosa, tudo se confunde, tudo é equivalente; nela prosperam os que “odeiam a Luz porque as suas obras são más”, nela vencem os cantares maviosos das sereias que conduzem ao naufrágio, à perdição.




2. Não há dúvida que, não obstante as múltiplas coisas boas que a Igreja tem feito nestas últimas décadas em Portugal, os seus Pastores e demais Fiéis, geralmente falando, têm perdido em toda a linha os maiores combates pela humanidade do homem, pela sua Salvação integral.

Não só foram derrotados, como não se prepararam adequadamente para as guerras anunciadas.
Décadas atrás, não obstante a enorme percentagem de católicos praticantes, apesar do Santuário de Fátima, da Rádio Renascença, da maior rede de comunicação social regional e local, dos milhares de Paróquias, da quantidade de Religiosos e Sacerdotes, a catástrofe foi enorme.

Como encontrar uma explicação para tamanho descalabro?
Eu creio que a condescendência com o erro e a falsidade, dentro da Igreja, uma ingenuidade inconcebível, a indiferença e apatia por aquilo que parecia não atingir directamente a Igreja, uma crença supersticiosa num pluralismo sem limites nem fronteiras, conduziram a uma bandalheira total.

Isso explicará que as próprias pessoas e meios, de que a Igreja dispunha para Evangelizar, foram e são em grande parte usados de tal modo que, ou confundem os Fiéis, ou induzem-nos em erro.
Por outro lado, a falta de Clero e de Vocações religiosas, bem como de Catequistas e demais ministérios, levaram a uma procura pouco criteriosa, a escolhas sem discernimento, a irresponsabilidades incríveis.

De facto, quando a Igreja é vista e gerida como uma empresa, em que o que conta é o preenchimento de lugares, de funções e do número de pessoas, tudo lá cabe, como se fora um albergue espanhol.
Então, tanto conta que a pessoa acredite ou não na Ressurreição de Jesus, que advogue a reencarnação, que batalhe a favor do aborto, que aconselhe a reprodução artificial, que não lhe repugne nem a clonagem nem a experimentação em embriões, que recomende nos cursos de preparação para o Matrimónio a contracepção, que favoreça as práticas homossexuais e o “casamento” dos mesmos, com a correspondente adopção, que propugne a “bondade” da eutanásia e do suicídio assistido.

Então, o que interessa é manter a paz podre e insalubre, não provocar “divisões” na Igreja, reconhecer e confessar que todos são excelentes católicos e admiti-los à Sagrada Comunhão.
O único pecado a confessar será então a falta de delicadeza para com alguém.
Arrependimento e conversão? Isso, o que é?!
“Cada um sabe de si e Deus sabe de todos”!
Pois… Depois, é o que se vê!




3. Um sinal eloquente e eficaz, para começar a mudar este estado de coisas, seria precisamente uma Celebração penitencial, um pedido colectivo de perdão, que poderia ser realizado em Fátima, por todo o Episcopado, com o seu Clero, Religiosos e Fiéis leigos.
Ou então em cada Diocese, num mesmo dia, a nível nacional.

O dia 11 de Fevereiro, Solenidade litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, dia em que o referendo, a favor do homicídio abortista, deu a maioria ao “sim” para a liberalização total do (criminoso) aborto até às dez semanas, parece ser uma data particularmente eloquente para tal Celebração.

Cerca de cinquenta mil Pessoas nascituras (já) foram violenta e cruelmente trucidadas, por um Estado tirano e totalitário, em nome de uma “lei” injusta e iníqua, que contou com a aprovação de muitos “católicos” e com a abstenção e indiferença de muitos mais!
Não é (tudo) isso uma razão suficiente? Estamos à espera de quê?!



* * *





Caríssimos Irmãos e Amigos


Por favor, por Amor de Deus, solicito o vosso "sim", o mais brevemente possível (que não há tempo a perder), a este pertinente e urgente apelo do Reverendo Padre Nuno Serras Pereira, a fim de que se faça realmente uma Celebração Eucarística especial, em desagravo dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, e como manifestação pública de um sincero pedido de Perdão a toda a sociedade, a todas as famílias, a todos os Nascituros -- nomeadamente aos já cerca de 50.000 (cinquenta mil) oficialmente assassinados nos matadouros abortistas, pela cobardia e traição de muitos cristãos e católicos que votaram a favor de tão criminosos e nefandos homicídios, ou até mesmo se abstiveram tibiamente, assim como também pela relativa indiferença ou omissão de tantos padres, religiosos e alguns bispos católicos (ao ponto de não terem travado uma luta bem mais firme e rigorosa, preparando e esclarecendo devidamente todos os fiéis em geral, a qualquer custo, tendo vencido por isso o diabólico "sim"!) --, já no próximo dia 11 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes (a Imaculada Conceição), dia em que se perpetrou em Portugal o acesso 'legal' ao criminoso e hediondo atentado, falsamente legal e falsamente democrático, contra todos os Nascituros (Seres humanos a cem por cento, tais como todos nós) até, pelo menos, às 10 (dez) semanas de gestação, em plena e soberana evolução no ventre das suas mães...

O Reverendíssimo Padre Nuno Serras Pereira - apesar de eu não ter a honra de conhecê-lo pessoalmente - é um Homem de Deus em quem todos (crentes e não crentes) podem confiar plenamente (quase tanto como no próprio Deus, atrevo-me a dizê-lo), pois assim mesmo tem-no provado ao longo da sua exemplar e riquíssima vida de Sacerdote, mesmo remando heroicamente 'contra a maré', correndo assim numerosos perigos, e por tudo isso estou inteiramente de acordo com todos os seus numerosos escritos, alguns dos quais já tenho publicado neste modesto blogue de evangelização...

Todavia, se tal Celebração de Desagravo e de Perdão, a nível Nacional, não puder ser realizada já no próximo dia 11 de Fevereiro (a data mais apropriada), que ao menos se faça o mais brevemente possível, como, por exemplo, a 13 de Fevereiro, que corresponde ao Aniversário da morte da Irmã Lúcia de Fátima, ou a 20 de Fevereiro, Aniversário da morte da Beata Jacinta de Fátima e Festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.


+ Sagrado Coração de Jesus, Doce Coração de Amor, nós pomos toda a confiança em Vós, pois tudo tememos da nossa fraqueza, mas tudo esperamos da Vossa Bondade e Justiça.

+ Nossa Senhora de Lurdes, rogai por nós!
+ Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!
+ Virgem Maria, Mãe e Protectora dos Nascituros, rogai por nós!


Cordiais saudações fraternais para todos vós, por Jesus e Maria, sempre.
José Mariano
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Autor:
Pe. Nuno Serras Pereira
(03.02.2010)

Fonte:
Blogue LOGOS

Adaptação:
Nova Evangelização
Católica